Às vezes parece fácil gostar de Jesus, mas não da Igreja. Porém, quando se encontra Jesus, o encontro com a comunidade torna-se inadiável. Hoje comovi-me a olhar para o rosto dos primeiros discípulos, representado por grandes pintores. Para o rosto de Pedro lavado em lágrimas, depois de ter traído o Mestre; para o rosto de Tomé, assaltado por uma confiança maior que todas as dúvidas; para o rosto de Madalena querendo tocar o mistério do Ressuscitado. São rostos tão humanos, iguais aos nossos. Não têm, é verdade, o brilho do Rosto de Cristo, mas passa por eles como que um reflexo desse brilho, à maneira de um raio de sol.
José de Mendonça
Rádio Renascença
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