Pelo caminho, tivemos tempo para repousar e contemplar a natureza, à semelhança dos Pastorinhos. Foi ponto de passagem o Jardim da Estrela e o Jardim do Príncipe Real, situado no topo de uma das colinas de Lisboa, onde foi possível recuperar forças de baixo da secular árvore cedro-do-buçaco, cuja copa tem 23m de diâmetro.
Outros pontos de referência de Lisboa, foram motivos de passagem e registo...
Contemplou–se pelo caminhado a Mãe Peregrina que sempre nos acompanha. E foi com imensa alegria que tivemos a notícia que Ela vai acompanhar alguns dos nossos peregrinos à Terra Santa, em Abril.
No primeiro local de paragem, Mosteiro Imaculado Coração de Maria, na Estrela, fomos recebidos pela amável Irmã Maria José Reis, Clarissa do Desagravo, que nos guiou pelo local onde Jacinta Marto esteve antes de ser internada no hospital D.ª Estefânia, e que inclui a sala museológica com alguns bens de Jacinta, e a Capela dos Milagres, que fica junto aos aposentos onde esteve a pequena Jacinta. Neste local rezamos o Terço e cantámos... Rezou–se pelas crianças, pelas famílias, pelos que não têm fé e por todos os peregrinos do Grupo A Caminho, que trazemos no nosso coração.
O último local da peregrinação foi o Hospital de Dona Estefânia, local onde morreu Jacinta Marto, há 88 anos, no dia 20 de Fevereiro. Fomos recebidos pelo Pe. Carlos Azevedo, Capelão do Hospital D. Estefânia.
Na zona central do Hospital foi possível ver uma pequena exposição de fotografias e documentos mais marcantes da presença da Jacinta. Na primeira parte, junto à Capela encontra-se uma cópia do registo de baptismo de Jacinta e alguns recortes de jornais, numa segunda parte da exposição está afixada, na parede, as fotos daqueles que lidaram mais de perto com a Pastorinha. Sendo que o lugar mais simbólico surge no segundo andar, onde se destaca a imagem da Jacinta.
Contemplou–se em silêncio na Capela do Hospital Dª Estefânia a caminhada de Jacinta durante a sua permanência em Lisboa, e apercebemo-nos do sofrimento da pequena Jacinta nesta fase da sua vida. No entanto como nos relembrou Pe. Carlos Azevedo o "Amor dá sentido e torna aceitável o sofrimento. Pode haver amor sem sofrimento. Mas sofrimento sem amor não tem sentido. Com o amor, aceite como Cristo o aceitou, o sofrimento adquire um valor inestimável."(João Paulo II)
No final da peregrinação foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Pe. Carlos Azevedo. No decorrer da eucaristia, foi-nos ministrado o sacramento da Santa Unção, que acreditamos ter sido um momento de purificação e fortalecimento, para que nós como cristãos possamos participar mais intensamente na missão de Jesus e da plenitude do Espírito Santo.
Foi um lindo dia, em que no final se via a esperança e a emoção nos olhos de todos os peregrinos. Bem hajam...
Queremos deixar aqui registado o trabalho essencial prestado pelos voluntários da Capela, que levam o amor e a esperança, para junto das crianças hospitalizadas, como pudemos testemunhar.
Porque há coisas que não se explicam, sentem-se...
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